A Autoestima e a Autoaceitação como Pilares do Bem-Estar Mental

Como ter autoestima, sentir-se adequado e aceito ao mundo diante de bombardeios de informações que nos colocam a frente de infinitas comparações. Frequentemente, a maioria das pessoas não se sentem felizes e satisfeitas como são, sentem-se inadequadas no meio em que vivem. No entanto, acham que estão sempre erradas e vivem se desculpando, sem ao menos terem errado. Estão o tempo todo se comparando e se colocando para baixo.

Essas são algumas características da baixa autoestima, pois, a constante comparação que o mundo moderno nos coloca e a pressão interna e externa que somos submetidos diariamente para alcançar um alto nível de excelência, acaba nos deixando frustrados minando nossa naturalidade. Primeiramente construímos a autoestima a partir da percepção que temos de nós mesmos. Nesse sentido, é como se fosse uma nota que atribuímos com base nas nossas trocas pessoais, na maneira que lidamos com as emoções, com nosso sistema de crenças, comportamentos e contexto social e familiar. Portanto, é possível sim termos uma vida mais leve, começando por aceitação e gentileza conosco mesmo.

A autoaceitação é um processo que pode ser muito difícil para algumas pessoas, pois, há uma crença de ser impossível se aceitar por completo. Mas, se olharmos como um hábito, podemos na verdade, desenvolver a autoaceitação, pois, um hábito se constrói. No entanto, por muitas vezes esquecemos que não nascemos prontos, estamos aqui para aprender a viver e desenvolver habilidades, portanto, aceitar-se faz parte desse processo de aprendizado.

Mas, a grande maioria das pessoas tem dificuldades de se reconhecer dentro desse processo de autoaceitação, pois exige um olhar compassivo e generoso para consigo mesmo. Primeiramente, envolve valorizar-se como indivíduo, abraçando todas as partes de nosso eu, incluindo nossas características, aparência, personalidade, habilidades e limitações. Além disso, reconhecimento é um componente fundamental do bem-estar emocional e mental. Pois, não tem como fugir se si mesmo! 

Ignorar que somos imperfeitos e que a vida não vai ser 100% perfeita, pode levar a fuga da realidade e ilusão a respeito de si mesmo. Mas, ter essa percepção nos libera do peso da  perfeição, do julgamento e da autocrítica excessiva. Permitindo desfrutar da liberdade e autenticidade de ser que se é verdadeiramente. Quando nos aceitamos, experimentamos menos estresse e ansiedade, pois, saímos da comparação com os outros e da necessidade de atender a padrões irreais. Também é mais fácil desenvolver relacionamentos saudáveis e significativos, pois, estaremos mais confortáveis com quem somos.

Valorizando sua autenticidade

No entanto, negar a realidade, não é o melhor caminho e pode virar uma bola de neve de emoções internas conflitantes. Sendo assim, ser incapaz de se aceitar como é, envolve também a incapacidade de se amar e de desenvolver autoestima, impactando negativamente todas as áreas da vida. Minando a saúde mental e consequentemente acarretando doenças no físico também. É importante lembrar que o movimento é de dentro para fora.

A partir do momento que valoriza sua autenticidade, sendo quem realmente é, também passa a respeitar a verdade dos outros. Construindo relaconamentos gratificantes, além de fortalecer a própria autoestima e senso de identidade. Lembre-se que todos são dignos de amor, inclusive você. Foque na sua melhor habilidade, seja ousado, valorize aquilo que tem de melhor para oferecer.

Em contrapartida, algumas pessoas são naturalmente mais felizes e satisfeitas consigo mesmas, podemos dizer que é um estilo de vida. Mas, se você não se sente assim, não se culpe, cada um tem seu próprio caminho e contexto de vida, não se compare! O importante é sempre procurar estratégias para aperfeiçoamento pessoal. Caso esteja com dificuldades de autoaceitação, lembre-se que o processo exige trabalho interno significativo.

A autoestima é uma questão complexa que pode afetar tanto homens quanto mulheres, e não é adequado generalizar que um gênero sofre mais do que o outro. Ela é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo educação, ambiente, experiências de vida, personalidade, cultura e pressões sociais. Portanto, a forma como a autoestima se manifesta e é experimentada pode variar significativamente de pessoa para pessoa, independentemente do gênero.

É importante destacar que tanto homens quanto mulheres podem enfrentar desafios específicos em relação à autoestima devido às expectativas e normas de gênero impostas pela sociedade. Por exemplo:

Homens:

  1. Normas de masculinidade: Muitos homens podem sentir pressão para se encaixar em estereótipos de masculinidade, o que pode afetar negativamente sua autoestima. Isso inclui a ideia de que os homens devem ser fortes, dominantes e emocionalmente reprimidos.
  2. Pressão para o sucesso profissional: Homens também podem sentir uma pressão intensa para alcançar sucesso em suas carreiras, o que pode prejudicar sua autoestima se eles não atenderem a essas expectativas.
  3. Corpo e aparência: A pressão para manter um corpo musculoso ou atlético pode afetar a autoestima dos homens, assim como a preocupação com a calvície ou outros aspectos de sua aparência física.

Mulheres:

  1. Normas de beleza: As mulheres frequentemente enfrentam pressão para se encaixar em padrões de beleza idealizados, o que pode resultar em problemas de autoestima relacionados à sua aparência.
  2. Equilíbrio entre trabalho e família: Muitas mulheres enfrentam o desafio de equilibrar carreira e responsabilidades familiares, o que pode afetar sua autoestima, especialmente quando enfrentam críticas ou julgamentos.
  3. Sexualização: A objetificação e a sexualização das mulheres na mídia e na sociedade podem prejudicar a autoestima de algumas mulheres, levando a uma preocupação excessiva com sua aparência sexual.

Portanto, a autoestima é uma questão individual e pessoal, e as experiências podem variar amplamente de pessoa para pessoa. Em vez de focar no gênero, é importante abordar a autoestima como uma questão humana, reconhecendo que todos, independentemente de seu gênero, podem enfrentar desafios em relação a ela. Cada pessoa é única, e suas experiências individuais devem ser consideradas com empatia e respeito.

Características da baixa autoestima e da alta autoestima

De fato, algumas pessoas apresentam um grande poder de regeneração, não se deixam abalar por nada e enxergam as críticas, erros e adversidades da vida como um impulso para crescimento pessoal, podemos considerar que essa pessoa tem boa autoestima. Outros porém, se abalam facilmente e enfraquecem diante de um erro, culpa ou críticas de outras pessoas, essa pessoa apresenta a autoestima frágil. Essa fragilidade vivenciada de forma constante e destrutiva, impacta na rotina diária e convívio com outras pessoas.

Normalmente pessoas com baixa autoestima ou autoestima frágil são inseguras, têm medo de expor opiniões, dificuldade de dizer não, medo de não ser aceita em grupos, se cobram muito, não realizam determinadas tarefas por medo de errar e quando realizam e não sai como planejaram se culpam. Tudo isso vira um ciclo vicioso: o medo de errar leva à procrastinação, que leva a culpa, que leva a baixa autoestima. E a pessoa acaba se vendo em um loop infinito de sentimentos e emoções depreciativas.

Será que sou uma pessoa com baixa autoestima?

É comum termos oscilações em nossa autoestima, o problema é quanto tempo ficamos remoendo e alimentando sentimentos destrutivos a respeito de nós mesmos. Sua autoestima pode estar abalada se você:

  • Não confia em seu potencial, pois, se acha incapaz para realizar determinadas tarefas.
  • Desiste antes de começar, assim como diante do primeiro obstáculo.
  • Quando erra, se coloca para baixo, focando sempre nos defeitos.
  • Está sempre pedindo a opinião dos outros, pois, tem dificuldades para decidir sozinho.
  • Se submete a relações desgastantes por dependência emocional, bem como por medo da rejeição.
  • Está sempre falando mal de si mesmo. Por exemplo: se denomina chato, mal humorado, tímido, ansioso,  etc…

Dicas para elevar a autoestima

1. Reconhecer seus potenciais e habilidades.

Todos nós somos bons em alguma coisa. Aquilo que você julga um defeito pode ser sua qualidade em potencial. Coloque o foco em suas habilidades e se orgulhe de cada uma delas. 

2. Não paralise diante do desconhecido.

Permita-se arriscar, sei que pode parecer difícil, mas, partir para a ação diminui consideravelmente o medo. Quanto mais você tem coragem de se arriscar, mais forte e determinado vai ficando e com isso fortalecendo a autoestima.

3. Evite se comparar com os outros.

Lembre-se sempre que você é único. Escolha uma característica sua que manda bem e se empenhe em melhorar nela, seja ousado e autêntico naquilo que você já sabe fazer. Assim você vai tomando coragem para futuramente se aventurar em outras áreas.

4. Diminua a autocrítica e o perfeccionismo.

Não deixe que aquela voz interna de negatividade e severidade acabe com sua energia mental, pensamentos do tipo; você tem certeza? Huum…será que vai dar certo? Você se acha bom mesmo nisso? Esses questionamentos minam todo nosso poder de ação, trazem frustração e insegurança. Estruture a sua realidade e trabalhe com comprometimento dentro do que é possível, não cobre resultados impossíveis de alcançar. 

5. Cuide do seu bem-estar físico e mental.

Os cuidados básicos diários quando negligenciados não levam a baixa autoestima. Estar atento e em dia com essa demanda é muito importante. Às vezes o simples fato de pentear o cabelo de um jeito diferente ou colocar uma roupa com cor mais alegre muda tudo.

6. Observe a qualidade de suas interações

A qualidade de nossas conversas, interações em redes sociais e programas de televisão também são muito importantes, procure por conteúdos agradáveis. Atividade física, caminhada ao ar livre e contato com a natureza promovem bem-estar e ajudam na aceitação de quem realmente somos.

Estratégias que ajudam no processo de autoaceitação

Praticar a autocompaixão

Trate-se com bondade e compreensão, da mesma forma que trataria um amigo próximo. Reconheça que todos cometemos erros e enfrentaremos desafios, isso faz parte da jornada humana.

Cultivar a consciência

Esteja presente no momento atual e observe seus pensamentos e emoções sem julgamento. Esse tipo de consciência pode ajudá-lo a identificar padrões de pensamento negativos e substituí-los por pensamentos mais positivos e construtivos, evite se criticar de maneira excessiva. Esteja ciente  de que todos tem falhas e isso faz parte da experiência humana.

Cultive bons pensamentos sobre si mesmo

Desafie pensamentos negativos ou autodepreciativos, substituindo-os por afirmações positivas. Reconheça suas qualidades, habilidades e conquistas. Concentre-se no seu potencial e nas coisas que você gosta em si mesmo.

Seja autêntico

Permita-se ser quem você realmente é, em vez de tentar se encaixar em padrões ou expectativas externas. Reconheça e valorize suas características únicas e abrace sua individualidade

Cuide se seu bem estar físico e emocional

Priorize sua saúde física e mental. Pratique atividades que lhe tragam alegria e relaxamento. Cuide da sua alimentação, faça exercícios, durma o suficiente e busque apoio emocional quando necessário.

Pratique o perdão

Perdoe a si mesmo por erros passados e deixe de lado sentimentos de culpa ou ressentimento. Aceite que todos cometem erros e que o crescimento pessoal envolve aprender com eles e seguir em frente.

Cerque-se de pessoas positivas

Esteja com pessoas que o apoiem, que valorizam suas qualidades e que o encorajam a se aceitar. Evite relacionamentos conturbados ou com pessoas que constantemente criticam ou diminuem a autoestima.

Se necessário busque ajuda profissional

Se você estiver lutando com problemas de aceitação persistentes, considere buscar a orientação de um profissional de saúde mental, como psicólogo ou terapeuta. Eles podem ajudá-lo a explorar questões mais profundas e fornecer técnicas e estratégias específicas para promover aceitação.

Sua saúde mental é seu maior investimento, confie, com o tempo irá desenvolver uma autoimagem mais positiva e uma maior confiança em si mesmo, seja paciente e dedique-se ao processo.

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Boa leitura!

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